sábado, 17 de dezembro de 2011

O vício de evitar


Na minha última postagem revelei uma dúvida que pairava no ar a respeito da causa do ciúme que senti nos dias antecedentes. Hoje vejo que já descobri não só a causa quanto a pessoa que causou. Não gosto de apontar culpados num fim de relacionamento, afinal os dois são responsáveis por tudo, tanto das coisas boas quanto das ruins, mas neste último relacionamento específico eu tive a oportunidade de ter uma experiência com um "tipo" de pessoa que até então eu não conhecia: o cínico.

Já presenciei relatos de homens que chamam suas namoradas, noivas, esposas, enfim...de loucas. "Ah ela é louca!", "Ela vê coisas onde não existe!", "Ela é muito cri-cri! e muitos outros adjetivos para descrever uma mulher que sofre, uma mulher que eles não fazem felizes. Como se eles não tivessem nada a ver com a infelicidade delas. Quando na verdade, são a causa principal.

Muitas vezes uma mulher está ótima, saudável emocionalmente, em paz consigo mesma (como eu estava) e de repente conhece um homem que inicialmente só traz coisas boas, momentos de cumplicidade e alegria. Quem não quer? Quem não gosta de estar feliz com alguém? Afinal a gente não escuta o tempo todo que estamos nessa vida é pra viver, pra aprender e evoluir e que isso só se comsegue a custa de muito esforço e experiência, pois é! Só que agora eu posso dizer com propriedade que isto é muito perigoso, pois estes tais momentos podem custar muito caro, pode ser a custa de muitas dores de cabeça, decepções, chegando até a pessoa se ver necessitada de remédio controlado pra diminuir sua angústia e ansiedade diante da situação que está passando.

O cínico mata a mulher na unha, como diz um provérbio popular. Trai, engana, maltrata. Tudo isso se chama abuso emocional. O outro ( a mulher) vê nitidamente tudo isto e o cínico diz que ela está vendo coisas, que nada daquilo existe na realidade, a faz pensar que ela é a responsável pela desavença no relacionamento, pelo fim, e a culpa só ela sente. Porque ele está bem, tranquilo, não fez nada, está dormindo em paz.

Desse tipo de homem aí, eu quero é distância. Nada vale a pena se a minha saúde emocional estiver sendo abalada. Preciso entender e aceitar que eu não sou, nem nunca fui, culpada de nada. Que minhas ações foram reações a tanto abuso emocional causado pelo outro, que na verdade é um viciado em evitar se envolver emocionalmente. Quando o relacionamento está sendo preenchido com amor e afetividade, o outro é capaz de fazer tudo para quebrar esse envolvimento dentro de si e não deixar que ele seja seja consolidado, assim ele fica protegido da dor que por ventura um dia sofreria caso o relacionamento acabasse. Mas que covarde e doente que é esse viciado em evitar hein. Evita na verdade é de ser feliz. Porque pseudo-relacionamento, desses relâmpagos, não preenchem ninguém de verdade, só ilude o outro e a si mesmo, de que a vida está ótima, sem problemas, sem cobranças, sem nada que o tire da zona de conforto de não se envolver.

Contudo, ao evitar isso também evita afagos, companheirismo, olho no olho, verdade, afetividade, palavras amigas, cumplicidade, parceria. Tudo o que realmente nos faz sentir vivos. Tudo o que todos nós tanto buscamos e que eles ao encontrarem, chutam, jogam fora, por simples medo e egoísmo.

Pathy

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ciúmes


Muuuito tempo que eu não passo por aqui...
De agosto pra cá aconteceram tantas coisas na minha vida. Algumas novidades, outras recaídas no passado...algumas alegrias, outras decepções, mas entre mortos e feridos salvaram-se todos. Inclusive e principalmente eu, para contar a história.
Essa semana tem sido punk pra mim, não sei o que está acontecendo com os astros, mas as coisas estão bagunçadas tanto fora, quanto dentro de mim.
Há mais de 2 meses estava querendo arranjar um namorado, pedi tanto pra Deus colocar uma pessoa bacana na minha vida pra compartilhar da paz que eu estava sentindo sozinha. Na verdade, com esse pedido eu queria descobrir duas coisas: uma é que eu tinha chegado à conclusão, nessa época, que eu funcionava muito bem sozinha, quando não estava apaixonada vivia em paz comigo e com o mundo, isso é bom, mas também tem seu lado ruim, pois como é que um ser humano vai conseguir passar a vida inteira só, sem se relacionar? o que eu tenho é que aprender a ser feliz com alguém, já que quando estou sozinha dá certo. A outra coisa que queria saber era que eu queria era me testar, porque venho passando por um período de transformação muito grande, é um amadurecimento que está chegando constantemente, então queria saber se eu ia repetir padrão ou se ia conseguir fazer as coisas diferentes, quem sabe assim, conseguiria começar e terminar um relacionamento sem que houvesse um fim trágico e que me deixasse pelo menos de pé, inteira, embora triste, já que isso é normal em todo fim, seja lá do que for.
Assim, resolvi abrir os olhos para alguém que já estava ali e eu não conseguia ver.
No início foi muito bom, tentei fazer tudo diferente, e quando percebi que estava quase repetindo os mesmos erros, voltei e tentei fazer de outro modo, aquele modo que a antiga Patrícia jamais tentaria por medo. E foi dando certo, até que...um sentimento avassalador começou a crescer dentro de mim, algo que me fazia perder meu humor em questão de instantes, minha face mudava de feição, uma raiva começava a passear pelo meu corpo e meu coração disparava...enfim era o tal ciúme que nasceu e quis crescer. Eu simplesmente detesto sentir isso, que coisa mais horrível, que insegurança monstra era aquela, aliás É essa que agora mora em mim? E me pergunto, esse sentimento é meu ou é consequência da ação do outro? Não sei, só sei que eu não quero que ele more aqui, estou fazendo uma campanha ferrenha, pesada para que ele se mude pra bem longe e nunca mais volte, porque fazia muuuito tempo que eu não sabia o que era isso.
Ai minha nossa senhora da bicicletinha, dai-me equilíbrio!
Pathy

domingo, 14 de agosto de 2011

Salva-vidas eu?


Tudo o que eu temia está acontecendo. O que é que eu faço agora? O que me barrava era a ausência de vontade. Agora que eu tô com A vontade será que vou conseguir lutar contra mim?
Ah como é ruim essa vontade de salvar. Ao ouvir das pessoas sobre esse sentimento, confesso que ainda não tinha noção do que era porque ainda não tinha sentido vontade de salvar ninguém, mas agora eu sei. E é estranho, porque enquanto a gente não faz o que é preciso fazer para amenizar a dor que o outro está sentindo não sossegamos. Mas não posso me esquecer de que EU sou a pessoa mais importante da minha vida. De que a minha paz interior é mais importante, porque dela depende a minha saúde psicológica.
Porééém, o que sinto vontade de fazer agora é ficar perto, é ligar quando eu sentir que quero, é falar bobagem, é me abrir, é poder dizer que quero ver, é poder beijar e abraçar sem ter que pensar antes se é certo querer, se é certo fazer. Que conflito estou passando. Sei exatamente o que fazer - me afastar de novo - mas não é o que quero fazer. Agora sim entendo perfeitamente porque foi preciso eu transformá-lo num monstro para conseguir me afastar dele e matar o que sentia por ele. Agir racionalmente quando o que se quer é ser o mais passional possível, chutar o pau da barraca e responder em alto e bom som pra si mesmo e pro mundo: eu não quero ter razão, eu só quero ser feliz HOJE! é uma das coisas mais complicadas que existem.
Estou num processo de autoconhecimento profundo desde janeiro, já disse isso aqui, e no momento estar sentindo isso é prova de que essa mudança consequente desse processo de autoconhecimento é real, porque a Patrícia de antigamente estaria com uma vontade imensa, quase compulsiva de dizer NÃO, pra mim sempre foi muito fácil dizer não pra mim, pra vida. Agora não estou conseguindo, sinto que fui para o outro extremo, quero dizer um SIIIM, tão grande, tão sonoro, que mal estou me contendo. Será que é porque estou com o medo controlado, não sei, acho que não, porque mesmo querendo dizer sim, ainda sinto um medinho básico de tudo voltar a acontecer, de sofrer a mesma dor, e pior depois me dizer: eu já sabia que ia dar nisso. Será que essa vontade de dizer sim é porque sei que só amadurecerei me relacionando? Que não adianta muita coisa voltar para a "bolha de proteção" porque os problemas continuarão a existir aqui fora? Acho que sim, achei a resposta. Fiquei 5 meses na "bolha" e agora que resolvi sair, tá tudo aqui agora, na minha frente, como se estivesse só me esperando. O que eu temia está acontecendo exatamente porque os problemas não iriam se evaporar pura e simplesmente pelo tempo. O tempo cura muita coisa, inclusive cicatriza dores profundas, isso eu aprendi durante o tempo que passei na "bolha", contudo o tempo não tem o poder de resolver nossos problemas por nós, principalmente quando a resolução desses problemas exigem uma atitude nossa, só nossa. Não sei o que farei, embora saiba o que quero fazer. Vou tentar conter minha ânsia de salvar o outro de si mesmo e me salvar de mim mesma, pelo menos por hoje.

Beijos!

domingo, 17 de julho de 2011

Casa Comigo?


Para algumas pessoas não deve existir nada mais aterrorizante do que encontrar alguém que não quer fazer planos com você. Acho que eu mesma pensaria assim há algum tempo atrás, na verdade não tenho certeza se mudei de verdade a ponto de não pensar dessa forma. Rsrs..Só sei que eu tô meio calejada, assim como Anna (Amy Adams) personagem do filme Casa Comigo?; ela sempre fez planos na vida e comemorar o 4º ano de namoro sem um compromisso de noivado significava que as coisas não estavam saindo muito bem, foi então que ela, valendo-se de uma tradição irlandesa em que num ano bissexto as mulheres podem pedir seus companheiros em casamento, resolveu partir em busca daquilo que ela achava que era a sua felicidade - admiro isso nela - mas...nem tudo saiu como ela esperava, o que na realidade muitas vezes é a magia da vida, nem sempre aquilo que planejamos detalhadamente dão certo, as surpresas que a vida nos proporciona muitas vezes são mais especiais que qualquer plano. Quantas vezes choramos, nos despedaçamos por termos perdido algo ou alguém significativo para nós e lá na frente descobrimos que fazia parte de um grande plano: o de Deus para nós. Que diga-se de passagem é o único que sabe planejar de verdade haha. Nesta sua atrapalhada viagem Anna acaba conhecendo Declan (Matthew Good) um grosseirão revoltado com a vida - na verdade muito machucado por ela - que a "ajuda" a chegar onde o futuro noivo, Jeremy (Adam Scott) está.

A frase que Anna falou no final do filme: "Você quer não fazer planos comigo?" para mim foi a coisa mais marcante da história, me tocou muito, porque parece que a outra pessoa é tão importante sendo só o que ela é, que o que eles viverão juntos no futuro vai ser maravilhoso só por acontecer. Pode ser traduzido por "Você se permite deixar que muitos momentos mágicos aconteçam entre nós dois?". Sem medos, sem cobranças. Tem coisa mais profunda? Tá certo...tem coisa mais absurdamente irracional? alguns de vocês estão perguntando. O mais fofo desses filminhos de comédia romântica é que a gente pode se jogar e viajar na maionese junto com a história, porque nos filmes não tem o outro lado do relacionamento: o dia em que a paixão acaba e começa o teste pra saber se o amor passou a existir, já que só ele é capaz de fazer com que duas pessoas continuem juntas apesar do que elas são.

Pathy

domingo, 12 de junho de 2011

Dia dos Namorados



Hoje é o tal Dia dos apaixonados, ou melhor Dia dos enamorados.
Fui rever uns documentos no meu pc para serem deletados e eis que aparecem umas fotos que há muito tempo não via. Do meu ex-namorado e eu felizes, mas não este último, o outro, aliás o único que até hoje que senti amor de verdade indo e voltando, nas duas vias, minha e dele. Não consegui deletar as fotos de quando éramos felizes, só as que tiramos na época em que tudo estava por um fio.
Acho que viver histórias de amor faz com que sintamos a sensação de que valeu a pena viver, e olha que eu e ele brigávamos muito, embora soubéssemos que existia amor verdadeiro. Antes dele eu achava que só se amava uma vez; hoje não, tenho plena convicção de que somos capazes de amar mais de uma vez e cada amor ser de um modo diferente, nem maior, nem menor, só de outra forma. A intensidade do que sentimos é que faz com que percebamos se vale a pena fazermos ou deixarmos de fazer alguma coisa em nome do relacionamento. Aceitar o outro da maneira que ele é e com tudo que ele não é, na minha opinião é essencial para viverum grande amor.
Eu, sinceramente, achei que hoje estaria com alguém, porém se não estou não é por falta de "pessoa", decidi ficar só, e aproveitar a mim mesma. Esquisito, né!? É. Mas é isso mesmo, viver é esquisito, nó somos esquisitos. Seres humanos são tão estranhos, principalmente de sangram uma vez por mês, como diria Rita Lee rsrs...
Tô só, mas meu coração não está vazio. E se é verdade que o pensamento une as pessoas, a distância entre dois continentes está menor hoje, por eu estar com uma pessoinha acolá no meu coração e no meu pensamento. Um oceano nos separa, mas as ondas do pensamento no une.

Feliz Dia dos Namorados!

Pathy

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Velocidade certa


"Ando devagar porque
já tive pressa e
levo esse sorriso
porque já chorei demais".
Renato Teixeira


Lembrei dessa música quando olhei para a foto postada acima. Me vi caminhando e me perguntei em qual momento da minha vida estou. Andando devagar ou com pressa? Juro que não sei, quem sabe eu descubra daqui pro final deste post.
Não sei porque tem dias em que estou com uma sede de viver tão grande que nem me reconheço. Aliás eu sei sim, é vontade de correr atrás do prejuízo rsrs, mas sem dor, sem culpa. Porém é uma sede saudável, mansa, porque como estou num momento de amadurecimento em razão da minha busca pelo autoconhecimento, isso tem me levado a sentir coisas que antes eram apenas desejos, como o de ter tranquilidade, calma e fé. Bom demais sentir isso. Nesse momento não estou com vontade de ter um relacionamento afetivo sério com ninguém, o que é uma coisa inédita, pois antigamente enquanto eu não estivesse com alguém - nem que fosse imaginária - era sinal de tristeza e solidão; hoje não, é tão bom ser livre, não ter ninguém que me traga crítica, aborrecimento e angústia que só em pensar em voltar a sentir tais sentimentos me dá pânico. Quero curtir minha solteirice o máximo que eu puder. Contudo, se aparecer alguém que mereça meus carinhos e que mexa de verdade comigo, não vou poupar amor. Isso sim é o que não deve ser esquecido, o doar-se para o outro com o melhor que possuímos. Quando estamos felizes conseguimos iluminar a nós mesmos e aos outros, transmitindo energia positiva e recarregando as nossas. Agindo assim atraímos um monte de coisas boas que nem sequer pensávamos que pudéssemos usufruir. É aquela história de cuidar do próprio jardim e pronto, deixar que o mundo se encante conosco, o que inevitavelmente acontece. Por isso que não sei se estou com pressa para viver o que ainda não vivi, ou se estou andando devagar porque, por enquanto, estou querendo curtir a minha companhia, que é tudo de bom.
Esta é a semana do Dia dos Namorados e incrivelmente eu estou feliz e saltitante porque eu não tenho um namorado, mas o melhor é que eu não estou triste por isso, estou beeeem. E não pretendo ficar com alguém nesse dia só para não estar só, para não continuar lembrando que eu só passei esse dia com um namorado 1 vez na vida, até agora né. O que importa é que ele aconteceu e foi bom. E quando eu tiver uma pessoa que mereça meus beijinhos e tudo o mais que tenho para oferecer, será muito especial.
Voltando ao assunto do início. Ando devagar ou com pressa? Acho que nem um, nem outro, tô na velocidade certa, naquela que eu me respeito e encontro equilíbrio. Fazendo o que minha consciência pede e dormindo com a cabeça leve no travesseiro. Meu coração? Tá ótimo, obrigada.

E você com o seu coração?

Beijos!


Paty

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Auto-sabotagem


Esse último fim de semana fui ver um filme no cinema com um amigo querido que não via há muito tempo, o título em português é Sexo sem compromisso (No strings Attached - em inglês é uma expression que significa sem compromisso). Eu achei que ia ser uma comédia rasgada americana bem imbecil, mas enganei-me.
Claro que tem realmente aquela coisa de filme americano meio daãã, mas a questão é que a personagem principal interpretada pela ganhadora do Oscar de melhor atriz de 2011, Natalie Portman, tem um probleminha o qual, infelizmente, eu me identifiquei, levou-me à reflexão.
A jovem médica conhece um belo e infantilizado rapaz interpretado pelo gato Ashton Kutcher e propõe que ambos tenham um relacionamento aberto, algo que eles intitulam sex friend (amigos só para sexo), ele aceita mas fica certo que ela vai se apaixonar por ele, ela diz que não, mas se acontecer para um deles, eles terminam tudo e passam um tempo assim.
Entretanto, ele se apaixona por ela e passa a querer ter um relacionamento de verdade com direito a dormir de conchinha com roupas, tomar café-da-manhã juntos, encontros, conversas, enfim, tudo o que toda mulher deseja, menos ela. Quando ela percebe que algo está acontecendo diferente do que ela previa, ela corta drasticamente o que estava havendo entre eles. Sofre por isso, mas se faz de durona. Novamente voltam a se ver e num encontro - com roupas - com direito a restaurante, flores ( ela disse que não queria), passeio e diversão a dois, ela inventa uma briga para interromper de novo o clima de felicidade que estava no ar e no coração de ambos. Porque me identifiquei com ela? Não pelo sex friend rsrs- não fiz isso - ainda. Porque isso tem nome e chama-se AUTO-SABOTAGEM. É triste a cena, mas eu já fiz isso, e não foi apenas uma vez.
Quantas vezes me vi conhecendo uma pessoa bacana, que queria ter um relacinamento comigo e eu não tinha coragem de ter...algumas, viu. Preferia ficar sonhando com aquele que não me queria. Tudo para justificar o fato de eu não estar com alguém. Algo dentro de mim fazia com que eu criasse um pânico tão grande de me relacionar que hoje me lembro que aconteceu, inclusive, com meu primeiro namorado, aos 15 anos. Quando com 2 semanas de namoro eu terminei por motivo nenhum. Eu tinha vergonha de namorar, me sentia desmerecedora, eu acho. Não sei, tenho que pensar melhor sobre isso, mas o fato é que depois disso eu repeti esse padrão muitas vezes. Repetição de comportamento que destroem o que nos faz bem é também uma das características marcantes de quem sofre com a Síndrome da auto-sabotagem.
Isso aconteceu também no meu último relacionamento, em que eu fiquei com tanto medo de que fosse engrenar, que um pânico se instalou de uma forma forte, e não havendo como não dizer sim ao prosseguimento meu corpo travou, falou e agiu por mim. Tive um probleminha que atrapalhou o bom andamento do relacionamento, na época em que éramos felizes e sabíamos. E eu tinha consciência disso, que era auto-sabotagem, eu sabia que quando o namoro terminasse eu ficaria tranquila, dito e feito. Ele também sabia, pois na última vez que toquei no assunto, ele falou pra mim que só restava rezar por mim para que eu conseguisse sair desse ciclo ou círculo em que me meti. Sobre esse Ciclo existe um livro chamado "O Ciclo da auto-sabotagem " de Stanley Rosner e Patricia Hermes, onde os autores identificam tal problema e "ensinam", melhor dizer, mostram o caminho para quebrar tal ciclo. Ainda não li, mas pretendo lê-lo em breve.
Bom, o fato é que eu já me identifiquei como possuidora de tal problema, agora só me resta me tratar, com terapia, que em breve começarei, e testar. E só dá pra testar vivendo . Tem horas que eu acho tão chato ter que tentar me transformar, que eu penso em nunca mais me relacionar com ninguém, só que a gente só consegue amadurecer vivendo, experimentando, não tem outro jeito. Ninguém no mundo consegue crescer só na teoria, tem que ir pra prática. Muito mais fácil é permanecer na zona de conforto, porém muito mais prejudicial a nós também. Com equilíbrio e serenidade, e com a ajuda da espiritualidade superior, anjo da guarda, Jesus rsrs, enfim...TODOS a meu favor, tenho fé que conseguirei me livrar disso e ser e fazer alguém feliz.

p.s 1: depois que descobri isso me senti tão melhor, aliviada, porque quando a gente não sabe o porque de não conseguir agir como a maioria da sociedade age é mais complicado porque você se sente só. Contudo, sabendo que mais pessoas também passam por isso, é consolador, temos só que colocar a mão na massa e mãos à obra: ao encontro do nosso eu feliz.

p.s 2: A auto-sabotagem não acontece apenas com relacionamentos afetivos, infelizmente também, e com frequência, profissionalemente.

Beijos

Paty

terça-feira, 5 de abril de 2011

Nadar faz um bem enOrme


Hoje acordei muito contente porque ontem, finalmente, comecei a fazer algo que há tempos vinha protelando, embora soubesse que só me faria bem: aprender a nadar. Mas na verdade eu só tinha uma pequena noção do bem que sentiria, porque o que eu senti ontem não é só um "bem" é um bem enOrme, isso pra usar de um eufemismo. A sensação de leveza, bem-estar e poder que essa atividade física proporciona é magnífica.

Quando fui falar com meu profº ele me perguntou o motivo pelo qual escolhi a natação, se foi por prescrição médica, falei que não, mas na realidade a resposta é meio sim e meio não porque o psiquiatra que fui (para obter a guia para marcar um psicólogo) falou que eu precisava fazer exercício físico urgentemente, dentre outras "coisitas". Então como uma das coisas que o ex namorado cármico me fez sentir de ruim tem a ver com a falta de habilidade com o nado, resolvi aprender de verdade, até porque eu pretendo aprender bodyboard, mas isso é uma vontade que não tem nada a ver com ele. Ano passado quando fui para a praia com minha amiga, vi um garotinho se divertindo numa pranchinha, que inveja boa que senti dele. A vontade de aprender partiu daí. Mas isso serão cenas de próximos capítulos.

Bom, estou imensamente feliz por ter descoberto que existe no mundo uma atividade física que dá prazer e não apenas esforço físico puxado e com a sensação de que não vai acabar nunca, como a musculação (puxar ferro é chato demais) e o pula pula do jump, que nas primeiras aulas até que é divertido, mas depois...blé!

Não posso deixar de falar do outro motivo pelo qual estou sentindo felicidade desde o momento que estava fazendo a aula. Que é a liberação da serotonina, uma substânica chamada de neurotransmissor que existe naturalmente em nosso cérebro, quando estimulada por exercícios físicos nos dá uma sensação de euforia - que foi o que senti ontem durante e após a aula e ainda estou feliz agora, mas um pouco menos - bom-humor, regulariza o sono, regulariza o apetite, enfim, felicidade é pouco. Essa substância atua contra a depressão, ansiedade e mau-humor. Quem precisa disso? ninguém, né! Precisamos é procurar fazer coisas que nos façam bem. Quando estamos bem fazemos todos que estão à nossa volta felizes também.

Recomendo a quem está passando por momentos não muito felizes na vida a procurar o contato com a água. Nade. Se não souber, mais um motivo para mergulhar nessa empreitada, aprender algo novo traz inúmeros benefícios tanto físicos quanto psicológicos: sensação de poder, de capacidade de que podemos aprender tudo e qualquer coisa na vida, tudo isso é ótimo em qualquer fase da vida.

E como eu falei tanto de coisa boa, de bom-humor, resolvi postar a receita do


Suco do Bom-humor:

Ingredientes

  • 2 fatias de abacaxi
  • 1 banana nanica
  • 1/2 xícara de framboesa
  • 1 copo de água

Modo de Preparo

  1. Bata todos os ingredientes no liquidificador e adoce a gosto
  2. Sirva a seguir.
Informações Adicionais

Preparo: 5 minutos
1 porção

Fonte: http://www.guiadadieta.com.br/dicas/suco-do-bom-humor/

Muitos beijos e ótima semana a tod@s!

Paty

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Conhecendo a mim mesma


Oi gente!

Que estranho fazer esse poste justo hoje que é Dia da Mentira, parece que foi escolhido a dedo para falar sobre as minhas verdades.
Essa semana eu senti umas coisas não muito legais. Vi uma pessoa que é ligada ao ex namorado cármico e me desestruturei toda, pode? Imagina se fosse o próprio...Acho que me senti mal com a situação porque esta pessoa fez parte de um momento sui generis que vivi com o ex, então como até agora eu só havia me focado nos momentos ruins, aqueles que foram os mais punks, os quais detonaram de vez a relação; os momentos não tão ruins ficaram guardados em algum lugar do cérebro que ainda não tinha sido ativado. Com isso lembranças insistiram em me atormentar. Foi difícil, sobretudo no que tange à minha recuperação, posto que eu pensei já tê-la alcançado, com isso vejo que não. Talvez tudo estivesse sendo mascarado por uma pseudoforça que eu achei ser detentora. Mas talvez nem tudo esteja perdido, afinal, 1 mês de final de relacionamento não é nada, há 5 semanas estávamos juntos e hoje não nos falamos mais, não fazemos mais parte da vida um do outro. Pouquíssimo tempo para algo que inicialmente se propôs a ser por tempo indeterminado.
Ver, falar ou qualquer coisa do tipo com o ex é algo completamente fora de cogitação pra mim, porque não consigo nem imaginar um papo tranquilo e saudável com alguém que me fez tanto mal, que me levou a sentir coisas que nunca havia sentido antes, sentimentos negativos que sempre estarão ligados a ele.
Entretanto, admito que não posso fugir de certas situações na vida. Foi por fazer isto durante toda a minha adolescência que hoje, com a idade que tenho, ainda me comporto como uma amadora - embora sofrer por "amor" não seja algo que os bam bam bans não sentem.
Desde o início deste ano que venho me transformando através do autoconhecimento, esse olhar para dentro de mim mesma está sendo imprescindível para meu amadurecimento pessoal. Não foi à toa que Sócrates aconselhava seus discípulos a voltarem suas atenções a si mesmos, que saíssem de suas sombras, que procurassem a luz. Luz interpretada, a meu ver, como um olhar racional para nós mesmos, não agirmos por impulso. Ao nos conhecermos podemos pensar antes de agirmos e assim nos aproximarmos da conduta do bem. Se ficarmos bem conosco, certamente saberemos estar bem com o outro, seja lá que relacionamento for, de pais e filhos, namoro, casamento, enfim. Cuidarmos de nós, nos amando e nos respeitando é a melhor forma de cuidar de quem amamos.
Sem esquecer de que tomarmos consciência de quem somos não significa baixar nossa cabeça e nos diminuirmos em relação ao outro, pois com tal busca talvez tenhamos acesso a algumas características que sempre desaprovamos no outro. E o que fazer ao descobrirmos que também possuímos tal desvio? Nos respitar como seres humanos perfectíveis, ou seja, estamos à caminho da perfeição, então ainda estamos no período de errar, errar bastante até aprendermos e acertarmos. Um dia saberemos respeitar o outro dentro de suas limitações. do mesmo modo que desejamos ser tratados.
Levantar a cabeça e ir à luta rumo à nossa transformação interior, em seres melhores para tornarmos o mundo que habitamos melhor deve ser nossa primeira tarefa. A paz do mudo começa em nós.

p.s: sui generis segundo um ex professor meu é algo que é dito quando não pode ser explicado rsrs

Beijooo!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Passou!


Oi gente!

Um milhão de desculpas pelo sumiço. Não consigo escrever à força, somente quando estou bem, postar nesse meu cantinho tem que ser algo extremamente prazeroso.

Bom, festas de fim de ano se passaram, carnaval também e na minha vida muitas coisas também passaram, ainda bem! Faz 1 mês que consegui me libertar de um namoro cármico que me fez um enOrme mal , isso foi o início de tudo. Início? Sim, muitos fins são recomeços, na realidade acho que todos eles são, não conseguimos enxergar isso de forma tão clara quando a ferida ainda está aberta, porém depois que ela passa para o processo de cicatrização tudo parece mais fácil de entender, só depende do modo que encaramos as circunstâncias que a vida nos oferece.

Eu precisava levar uma sacudida da vida para acordar, foi como uma queda da cama, mas a dor foi bem maior, garanto rsrs...

Depois que a dor passa - finaliza - o que a substitui só pode ser coisa boa.
Pensamentos positivos,vontade de vencer, de mudar pra melhor, de me conhecer...tudo isso sou eu agora. E com isso a sensação de "A descoberta do mundo" ( esse é o título de um livro da Clarice Lispector que sou doida pra ler).

Doeu mUito, mas PASSOU!!! Como tudo na vida. O que ficou é infinitamente valoroso. Sinto-me outra pessoa. Tenho crescido, alguma coisa vem, efetivamente, sendo tocada aqui dentro. Quero vencer a todo custo e isso é o combustível de todas as minhas manhãs.

Não podemos esquecer que nunca estamos sós. Sempre estamos sendo guiados, protegidos e principalmente amados pelo que somos na essência pelo Poder Superior, falo assim, porque alguns de vocês podem não crer em Deus ou crer Nele de uma forma diferente. Respeito é tudo!

É isso! Passei por aqui só por hoje para deixar boas energias para tod@s e dizer que:

"DESEJO É REALIZAÇÃO ANTECIPADA" - André Luiz

Força sempre!

Beijos!