domingo, 14 de agosto de 2011

Salva-vidas eu?


Tudo o que eu temia está acontecendo. O que é que eu faço agora? O que me barrava era a ausência de vontade. Agora que eu tô com A vontade será que vou conseguir lutar contra mim?
Ah como é ruim essa vontade de salvar. Ao ouvir das pessoas sobre esse sentimento, confesso que ainda não tinha noção do que era porque ainda não tinha sentido vontade de salvar ninguém, mas agora eu sei. E é estranho, porque enquanto a gente não faz o que é preciso fazer para amenizar a dor que o outro está sentindo não sossegamos. Mas não posso me esquecer de que EU sou a pessoa mais importante da minha vida. De que a minha paz interior é mais importante, porque dela depende a minha saúde psicológica.
Porééém, o que sinto vontade de fazer agora é ficar perto, é ligar quando eu sentir que quero, é falar bobagem, é me abrir, é poder dizer que quero ver, é poder beijar e abraçar sem ter que pensar antes se é certo querer, se é certo fazer. Que conflito estou passando. Sei exatamente o que fazer - me afastar de novo - mas não é o que quero fazer. Agora sim entendo perfeitamente porque foi preciso eu transformá-lo num monstro para conseguir me afastar dele e matar o que sentia por ele. Agir racionalmente quando o que se quer é ser o mais passional possível, chutar o pau da barraca e responder em alto e bom som pra si mesmo e pro mundo: eu não quero ter razão, eu só quero ser feliz HOJE! é uma das coisas mais complicadas que existem.
Estou num processo de autoconhecimento profundo desde janeiro, já disse isso aqui, e no momento estar sentindo isso é prova de que essa mudança consequente desse processo de autoconhecimento é real, porque a Patrícia de antigamente estaria com uma vontade imensa, quase compulsiva de dizer NÃO, pra mim sempre foi muito fácil dizer não pra mim, pra vida. Agora não estou conseguindo, sinto que fui para o outro extremo, quero dizer um SIIIM, tão grande, tão sonoro, que mal estou me contendo. Será que é porque estou com o medo controlado, não sei, acho que não, porque mesmo querendo dizer sim, ainda sinto um medinho básico de tudo voltar a acontecer, de sofrer a mesma dor, e pior depois me dizer: eu já sabia que ia dar nisso. Será que essa vontade de dizer sim é porque sei que só amadurecerei me relacionando? Que não adianta muita coisa voltar para a "bolha de proteção" porque os problemas continuarão a existir aqui fora? Acho que sim, achei a resposta. Fiquei 5 meses na "bolha" e agora que resolvi sair, tá tudo aqui agora, na minha frente, como se estivesse só me esperando. O que eu temia está acontecendo exatamente porque os problemas não iriam se evaporar pura e simplesmente pelo tempo. O tempo cura muita coisa, inclusive cicatriza dores profundas, isso eu aprendi durante o tempo que passei na "bolha", contudo o tempo não tem o poder de resolver nossos problemas por nós, principalmente quando a resolução desses problemas exigem uma atitude nossa, só nossa. Não sei o que farei, embora saiba o que quero fazer. Vou tentar conter minha ânsia de salvar o outro de si mesmo e me salvar de mim mesma, pelo menos por hoje.

Beijos!