segunda-feira, 25 de abril de 2011

Auto-sabotagem


Esse último fim de semana fui ver um filme no cinema com um amigo querido que não via há muito tempo, o título em português é Sexo sem compromisso (No strings Attached - em inglês é uma expression que significa sem compromisso). Eu achei que ia ser uma comédia rasgada americana bem imbecil, mas enganei-me.
Claro que tem realmente aquela coisa de filme americano meio daãã, mas a questão é que a personagem principal interpretada pela ganhadora do Oscar de melhor atriz de 2011, Natalie Portman, tem um probleminha o qual, infelizmente, eu me identifiquei, levou-me à reflexão.
A jovem médica conhece um belo e infantilizado rapaz interpretado pelo gato Ashton Kutcher e propõe que ambos tenham um relacionamento aberto, algo que eles intitulam sex friend (amigos só para sexo), ele aceita mas fica certo que ela vai se apaixonar por ele, ela diz que não, mas se acontecer para um deles, eles terminam tudo e passam um tempo assim.
Entretanto, ele se apaixona por ela e passa a querer ter um relacionamento de verdade com direito a dormir de conchinha com roupas, tomar café-da-manhã juntos, encontros, conversas, enfim, tudo o que toda mulher deseja, menos ela. Quando ela percebe que algo está acontecendo diferente do que ela previa, ela corta drasticamente o que estava havendo entre eles. Sofre por isso, mas se faz de durona. Novamente voltam a se ver e num encontro - com roupas - com direito a restaurante, flores ( ela disse que não queria), passeio e diversão a dois, ela inventa uma briga para interromper de novo o clima de felicidade que estava no ar e no coração de ambos. Porque me identifiquei com ela? Não pelo sex friend rsrs- não fiz isso - ainda. Porque isso tem nome e chama-se AUTO-SABOTAGEM. É triste a cena, mas eu já fiz isso, e não foi apenas uma vez.
Quantas vezes me vi conhecendo uma pessoa bacana, que queria ter um relacinamento comigo e eu não tinha coragem de ter...algumas, viu. Preferia ficar sonhando com aquele que não me queria. Tudo para justificar o fato de eu não estar com alguém. Algo dentro de mim fazia com que eu criasse um pânico tão grande de me relacionar que hoje me lembro que aconteceu, inclusive, com meu primeiro namorado, aos 15 anos. Quando com 2 semanas de namoro eu terminei por motivo nenhum. Eu tinha vergonha de namorar, me sentia desmerecedora, eu acho. Não sei, tenho que pensar melhor sobre isso, mas o fato é que depois disso eu repeti esse padrão muitas vezes. Repetição de comportamento que destroem o que nos faz bem é também uma das características marcantes de quem sofre com a Síndrome da auto-sabotagem.
Isso aconteceu também no meu último relacionamento, em que eu fiquei com tanto medo de que fosse engrenar, que um pânico se instalou de uma forma forte, e não havendo como não dizer sim ao prosseguimento meu corpo travou, falou e agiu por mim. Tive um probleminha que atrapalhou o bom andamento do relacionamento, na época em que éramos felizes e sabíamos. E eu tinha consciência disso, que era auto-sabotagem, eu sabia que quando o namoro terminasse eu ficaria tranquila, dito e feito. Ele também sabia, pois na última vez que toquei no assunto, ele falou pra mim que só restava rezar por mim para que eu conseguisse sair desse ciclo ou círculo em que me meti. Sobre esse Ciclo existe um livro chamado "O Ciclo da auto-sabotagem " de Stanley Rosner e Patricia Hermes, onde os autores identificam tal problema e "ensinam", melhor dizer, mostram o caminho para quebrar tal ciclo. Ainda não li, mas pretendo lê-lo em breve.
Bom, o fato é que eu já me identifiquei como possuidora de tal problema, agora só me resta me tratar, com terapia, que em breve começarei, e testar. E só dá pra testar vivendo . Tem horas que eu acho tão chato ter que tentar me transformar, que eu penso em nunca mais me relacionar com ninguém, só que a gente só consegue amadurecer vivendo, experimentando, não tem outro jeito. Ninguém no mundo consegue crescer só na teoria, tem que ir pra prática. Muito mais fácil é permanecer na zona de conforto, porém muito mais prejudicial a nós também. Com equilíbrio e serenidade, e com a ajuda da espiritualidade superior, anjo da guarda, Jesus rsrs, enfim...TODOS a meu favor, tenho fé que conseguirei me livrar disso e ser e fazer alguém feliz.

p.s 1: depois que descobri isso me senti tão melhor, aliviada, porque quando a gente não sabe o porque de não conseguir agir como a maioria da sociedade age é mais complicado porque você se sente só. Contudo, sabendo que mais pessoas também passam por isso, é consolador, temos só que colocar a mão na massa e mãos à obra: ao encontro do nosso eu feliz.

p.s 2: A auto-sabotagem não acontece apenas com relacionamentos afetivos, infelizmente também, e com frequência, profissionalemente.

Beijos

Paty

terça-feira, 5 de abril de 2011

Nadar faz um bem enOrme


Hoje acordei muito contente porque ontem, finalmente, comecei a fazer algo que há tempos vinha protelando, embora soubesse que só me faria bem: aprender a nadar. Mas na verdade eu só tinha uma pequena noção do bem que sentiria, porque o que eu senti ontem não é só um "bem" é um bem enOrme, isso pra usar de um eufemismo. A sensação de leveza, bem-estar e poder que essa atividade física proporciona é magnífica.

Quando fui falar com meu profº ele me perguntou o motivo pelo qual escolhi a natação, se foi por prescrição médica, falei que não, mas na realidade a resposta é meio sim e meio não porque o psiquiatra que fui (para obter a guia para marcar um psicólogo) falou que eu precisava fazer exercício físico urgentemente, dentre outras "coisitas". Então como uma das coisas que o ex namorado cármico me fez sentir de ruim tem a ver com a falta de habilidade com o nado, resolvi aprender de verdade, até porque eu pretendo aprender bodyboard, mas isso é uma vontade que não tem nada a ver com ele. Ano passado quando fui para a praia com minha amiga, vi um garotinho se divertindo numa pranchinha, que inveja boa que senti dele. A vontade de aprender partiu daí. Mas isso serão cenas de próximos capítulos.

Bom, estou imensamente feliz por ter descoberto que existe no mundo uma atividade física que dá prazer e não apenas esforço físico puxado e com a sensação de que não vai acabar nunca, como a musculação (puxar ferro é chato demais) e o pula pula do jump, que nas primeiras aulas até que é divertido, mas depois...blé!

Não posso deixar de falar do outro motivo pelo qual estou sentindo felicidade desde o momento que estava fazendo a aula. Que é a liberação da serotonina, uma substânica chamada de neurotransmissor que existe naturalmente em nosso cérebro, quando estimulada por exercícios físicos nos dá uma sensação de euforia - que foi o que senti ontem durante e após a aula e ainda estou feliz agora, mas um pouco menos - bom-humor, regulariza o sono, regulariza o apetite, enfim, felicidade é pouco. Essa substância atua contra a depressão, ansiedade e mau-humor. Quem precisa disso? ninguém, né! Precisamos é procurar fazer coisas que nos façam bem. Quando estamos bem fazemos todos que estão à nossa volta felizes também.

Recomendo a quem está passando por momentos não muito felizes na vida a procurar o contato com a água. Nade. Se não souber, mais um motivo para mergulhar nessa empreitada, aprender algo novo traz inúmeros benefícios tanto físicos quanto psicológicos: sensação de poder, de capacidade de que podemos aprender tudo e qualquer coisa na vida, tudo isso é ótimo em qualquer fase da vida.

E como eu falei tanto de coisa boa, de bom-humor, resolvi postar a receita do


Suco do Bom-humor:

Ingredientes

  • 2 fatias de abacaxi
  • 1 banana nanica
  • 1/2 xícara de framboesa
  • 1 copo de água

Modo de Preparo

  1. Bata todos os ingredientes no liquidificador e adoce a gosto
  2. Sirva a seguir.
Informações Adicionais

Preparo: 5 minutos
1 porção

Fonte: http://www.guiadadieta.com.br/dicas/suco-do-bom-humor/

Muitos beijos e ótima semana a tod@s!

Paty

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Conhecendo a mim mesma


Oi gente!

Que estranho fazer esse poste justo hoje que é Dia da Mentira, parece que foi escolhido a dedo para falar sobre as minhas verdades.
Essa semana eu senti umas coisas não muito legais. Vi uma pessoa que é ligada ao ex namorado cármico e me desestruturei toda, pode? Imagina se fosse o próprio...Acho que me senti mal com a situação porque esta pessoa fez parte de um momento sui generis que vivi com o ex, então como até agora eu só havia me focado nos momentos ruins, aqueles que foram os mais punks, os quais detonaram de vez a relação; os momentos não tão ruins ficaram guardados em algum lugar do cérebro que ainda não tinha sido ativado. Com isso lembranças insistiram em me atormentar. Foi difícil, sobretudo no que tange à minha recuperação, posto que eu pensei já tê-la alcançado, com isso vejo que não. Talvez tudo estivesse sendo mascarado por uma pseudoforça que eu achei ser detentora. Mas talvez nem tudo esteja perdido, afinal, 1 mês de final de relacionamento não é nada, há 5 semanas estávamos juntos e hoje não nos falamos mais, não fazemos mais parte da vida um do outro. Pouquíssimo tempo para algo que inicialmente se propôs a ser por tempo indeterminado.
Ver, falar ou qualquer coisa do tipo com o ex é algo completamente fora de cogitação pra mim, porque não consigo nem imaginar um papo tranquilo e saudável com alguém que me fez tanto mal, que me levou a sentir coisas que nunca havia sentido antes, sentimentos negativos que sempre estarão ligados a ele.
Entretanto, admito que não posso fugir de certas situações na vida. Foi por fazer isto durante toda a minha adolescência que hoje, com a idade que tenho, ainda me comporto como uma amadora - embora sofrer por "amor" não seja algo que os bam bam bans não sentem.
Desde o início deste ano que venho me transformando através do autoconhecimento, esse olhar para dentro de mim mesma está sendo imprescindível para meu amadurecimento pessoal. Não foi à toa que Sócrates aconselhava seus discípulos a voltarem suas atenções a si mesmos, que saíssem de suas sombras, que procurassem a luz. Luz interpretada, a meu ver, como um olhar racional para nós mesmos, não agirmos por impulso. Ao nos conhecermos podemos pensar antes de agirmos e assim nos aproximarmos da conduta do bem. Se ficarmos bem conosco, certamente saberemos estar bem com o outro, seja lá que relacionamento for, de pais e filhos, namoro, casamento, enfim. Cuidarmos de nós, nos amando e nos respeitando é a melhor forma de cuidar de quem amamos.
Sem esquecer de que tomarmos consciência de quem somos não significa baixar nossa cabeça e nos diminuirmos em relação ao outro, pois com tal busca talvez tenhamos acesso a algumas características que sempre desaprovamos no outro. E o que fazer ao descobrirmos que também possuímos tal desvio? Nos respitar como seres humanos perfectíveis, ou seja, estamos à caminho da perfeição, então ainda estamos no período de errar, errar bastante até aprendermos e acertarmos. Um dia saberemos respeitar o outro dentro de suas limitações. do mesmo modo que desejamos ser tratados.
Levantar a cabeça e ir à luta rumo à nossa transformação interior, em seres melhores para tornarmos o mundo que habitamos melhor deve ser nossa primeira tarefa. A paz do mudo começa em nós.

p.s: sui generis segundo um ex professor meu é algo que é dito quando não pode ser explicado rsrs

Beijooo!