A necesssidade de comunicar-se é algo inerente à espécie humana.A linguagem utilizada para isso evoluiu junto com o homem.No mundo jurídico a linguagem é bem peculiar, haja vista demosntrar a riqueza cultural que seus operadores possuem, porém estes deveriam ser mais cuidadosos ao manejá-la.
As peças jurídicas bem como qualquer outra obra editada na área são inundadas por bonitos vocábulos, expressões em latim e brocardos jurídicos que estão prontos para cumprir seus papéis, a saber:encher os olhos de quem os lê, fazendo com que os recém adentrados no referido universo se vejam instigados a aperfeiçoar seus leques de expressões lingüisticas com o escopo precípuo de elevar o nível de seus discursos e assim conseguirem provar que estão corretos em seus argumentos.
Todavia, muitos operadores do Direito esquecem que o alvo de seus discursos não são apenas seus colegas, mas também os que foram em busca de justiça.Diante disso, muitos leigos se vêem na desconfortável posição de completa ignorância jurídica;pois, se já não bastasse o desconhecimento da lei em si, esta vem acompanhada de palavras de difícil compreensão.
Destarte, no Direito a linguagem é um instrumento de poder nas mãos e língua - já que a linguagem escrita é transportada para o discurso verbal - de quem os detém, pois para os que são operadores do Direito as palavras refletem suas posições de igualdade cognitiva, já para os leigos refletem suas ilusórias posições de superioridade.