sábado, 17 de janeiro de 2009

Maysa


Ontem terminou a minissérie Maysa. Dirigida por seu filho, Jaime Monjardim, escrita por Manoel Carlos. Decidi escrever sobre isso apenas quando terminou para ter uma idéia mais clara do que ia passar na tv. Inicialmente eu achei que ia ser mostrado apenas o lado bom dela, afinal sendo um trabalho de iniciativa do próprio filho, nada mais natural. Porém não foi nada disto.


A série foi baseada na história de uma mulher que por trás de muita beleza exterior,muita fama, sucesso, dinheiro, carregava muita dor, uma tristeza que a invadia e a fazia fazer coisas inpensadamente. O alcoolismo, o cigarro, os remédios para dormir eram seus parceiros diários. Talvez naquele tempo tudo o que as pessoas viram fosse uma porra-louca irresponsável endinheirada, que fazia oq ue lhe dava na telha sem se preocupar com a opnião de ninguém, mas hoje talvez fosse vista como uma doente. Era tomada pela depressão, em sua faze eufórica. Muitas pessoas não sabem, mas existem vários tipos de pacientes depressivos. Aqueles que ficam trancados em um quarto sem ter coragem nem para afastar as cortinas e ver o mundo lá fora e tem aqueles que não conseguem ficar em casa, tem de sair, correr, fazer algo que o faça se sentir vivo, sem interessar o que seja. Esses são os casos que eu conheço de perto, certamente devem ter outros.


Essa doença é cruel tanto para quem a possui quanto para quem convive com o paciente dela. A compreensão é a melhor amiga, mas nem sempre se consegue ser indulgente, e fazer vistas grossas para tudo.


Na realidade ela era uma mulher que passou a vida inteira procurando a felicidade incansavelmente, mas em coisas totalmente mundanas, externas. Buscou algo que a preenchesse por dentro, que lhe desse prazer, alegria, mas que não acabasse junto com a ressaca. Sua vida foi movida a farras, bebidas, vários relacionamentos fracassados, tudo porque ela não conseguia ser feliz. Não conseguia se entender. Quando a pessoa não se acha, não se compreende, não sabe o que tem, porque sofre, o que lhe falta, tudo parece sem sentido, nada vale a pena. O fato de ela ter tentado o suicídio por duas vezes (essa é a versão mostrada para a gente) só mostra que ela estava cansada de tentar, cansada de levar uma vida complicada, cheia de sucesso baseado em escândalos.


Tão linda, rica, possuidora de uma voz forte, inconfundível. Poderia ter sido muito feliz e ter feito as pessoas que a cercavam também felizes, mas sua loucura, sua doença, só a afastou de seu filho, de sua família, de seu verdadeiro amor.


Que ela tenha encontrado no plano espiritual o que tanto buscou aqui na terra: paz.


P.S: isso não é um julgamento, só minha leiga opinião.

Um comentário:

disse...

...olha Paty conheci a musicalidade Maysa já há algum tempo e fiquei encantado com a força da voz dela, de uma beleza incrivel mas depois li um livro escrito por um professor aqui do Ceará, livro esse que tambem foi consultado para a composição da minisserie, ai me apaixonei por Maysa, ela era radiante, tinha um a personalidade marcante, viva, forte e muito do seu sofrimento é que ela bucava nas coisas visiveis a felicidade plena quando na verdade a felicidade tem que vir primeirante de dentro de nós, do nosso coração, mas acho que tudo que ela viveu foi valido, se não imediatamente mas foi valido, pq td é aprendizado e estamos aqui de passagem, o mundo de Maysa caiu mas eu acredito que ela com sua força de mulher se reergue sempre. Maysa ta muito viva em tudo que ela deixou e sempre escuto ela dizer baixinho no meu ouvido...ne me quitte pas....bJô