segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Certo?




Recentemente o escritor gaúcho Fabrício Carpinejar postou em seu blog ( www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br) um artigo que falava que os casais não deveriam separar-se em dezembro. Falou do quanto é constrangedor e extremamente mais doloroso terminar um relacionamento neste mês pelas datas festivas, por ter que dar explicações à família e aos amigos, enfim. Contudo, no fim do dito mês, ou seja, no fim do ano, ele postou outro artigo já com seu casamento finalizado, despedindo-se de sua ex mulher, de um relacionamento de 13 anos, que seus leitores assíduos acompanharam de perto. Porém alguns leitores fizeram comentários tão chatos, tão invasivos, em relação a sua suposta contradição - digo suposta porque hoje entendo o porquê do post da não finalização do casamento em dezembro, provavelmente ele e sua mulher estivessem prestes a romperem - não sei até que ponto os leitores tinham esse direito. Talvez nem mesmo a família e amigos próximos de Carpinejar tenham agido assim. É o preço da super-exposição, embora ele sempre exponha seus sentimentos da forma mais poética e encantadora que existe, não teve jeito, a cobrança veio e veio pesada, da forma mais insensível possível, até piadinhas fizeram, de que ele estava se fazendo de vítima e que na verdade já estava passeando com outra riquinha mais jovem pelas ruas. Um horror!


Na vida real - ou seja, para nós mortais - isso também ocorre. Ninguém tá livre de fazer algo parecido, pois somos seres mutantes, hoje temos plena certeza do que queremos, amanhã...nem tanto. Mas se estamos na chuva é pra se molhar. Se estamos nesse mundo é aprender, pra cair, pra se contradizer, porque não?são nesses momentos de conflitos que nos conhecemos realmente, ou não. Pois lá na frente lá estamos nós novamente comentendo os mesmos erros e tomando decisões totalmente diferentes das quais tínhamos tanta certeza de que tomaríamos. Isso é certo ou errado? Não se sabe. O que é certo é que todos queremos ser compreendidos, todos necessitamos da aprovação do outro, até do vizinho do amigo da prima do cunhado. Porquê? mais uma pergunta sem resposta. O certo seria agir como Carpinejar, assumindo seus sentimentos sem medo, sem culpa, pois é o momento em que ele está aprendendo a viver. Tentar compreendê-lo é tentar compreendermos a nós mesmos, se agíssemos assim sempre, evitaríamos muitos julgamentos desnecessários.


Abraços e muita luz!


=)

Um comentário:

Déo Cardoso disse...

e como vc descobriu esse blog, pati?