terça-feira, 14 de julho de 2009

Goodbye Michael




Hoje é a 100ª postagem, desde agosto de 2007, parece pouco diante de quase 2 anos, mas passei um período em stand-by, sem querer falar ou escrever nada. É normal. Resolvi escrever hoje sobre o que me tocou bastante o coração nas últimas 3 semanas, o desencarne de Michael Jackson.

Há 8 dias acontece finalmente o Tributo, como eles mesmos chamaram, o Memorial para o Rei do pop. Foi uma cerimônia linda e triste, bem diferente do que eu pensei que seria. Inicialmente fui contra, pois achava meio mórbido um show com um corpo presente, desencarnado há 12 dias, mas não foi nada disso, na verdade, foi um inédita e linda homenagem, teve palavras bonitas, que a meu ver deveriam ter sido ditas com o MJ ainda vivo, talvez se ele soubesse o quanto era respeitado poderia ter sido menos triste. Houve música, claro, interpretadas por artistas da maior estirpe americana, destes, o que mais me tocou foi a homenagem silenciosa de John Mayer, que entrou e saiu calado, mas tocou a canção Human Nature de forma belíssima. Preta Gil no Twiiter comentou que para ela foi como se ele tivesse dito que só o Rei poderia cantar, ele no mínimo poderia tocar, e tocou realmente. Mas a cantora e atriz Jennifer Hdson também me emocionou ao interpretar a canção will you there, que depois que traduzi a letra entendi a coreografia dos dançarinos e o porque da escolha, é um pedido de socorro, de acolhida, que MJ fez ao escrevê-la.
Muitos artistas como Brook Shilds se emocionaram ao falar da pesosa MJ, mas ao final o que me fez chorar foi o depoimento inesperado e emocionante da filha de MJ, Paris Michael Katherine, disse chorando que o pai foi o melhor pai que uma pesosa pudesse imaginar e que ela só queria ter dito que o amava muito. Com isso o Tributo teriminou, com chave de ouro, não é! Acho que , se MJ assitiu a tudo isso, esse foi o depoimento preferido, sem dúvida.

No dia em que MJ desencarnou, deixando o mundo de olhos grudados na tv e noticiários, soube que meu tio estava doente, meu tio mais velho, o Didi, que ele está com câncer, acho que juntou uma coisa com a outra e me deixou muito triste, arrasada na verdade. A cada documentário, a cada notícia, a cada vez que as músicas eram incansavelmente repetidas me oía mais, parece que tinho ido um ente querido, uma sensação de vazio muito grande. Mas no fundo acho que fiquei assim porque sentia MJ muito triste, muito distante desse mundo, como se esse não fosse o lugar dele, e em virtude disso não se encaixava, o ser humano é dif´cicil realmente, e quem não tem forças para aguentar não suporta, porque a barra é pesada. Eu não consigo ver nele um pedófilo, via um menino num corpo de adulto, um corpo que diga-se de passagem ele não tinha muita aceitação, prova disso foram as plásticas e a mudança de cor da pele, para mim inusitada. Nunca vi uma pessoa ter vitiligo e ficar sem cor de forma homogênea, mas... como muitos dizem, MJ pode tudo, tudo nele é inédito e possível.
Espero que ele esteja bem, que mesmo depois de tantos remédios bombardeando seu corpo físico seja considerada a parte linda e pura dele, e principalmente tanta caridade que ele fez para muitas crianças. Ele amava as crianças do mundo inteiro justamente como ele se reconhecia nelas.

Muita paz MJ.




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